Mais maduro, Tevez lidera Boca Juniors em nova fase do clube

Mais maduro, Tevez lidera Boca Juniors em nova fase do clube

Aos 31 anos, ídolo xeneize assume protagonismo e conduz a equipe na briga pelo título

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Carlitos El Apache
Retorno do jogador do povo ao Boca ofuscou vergonha da eliminação para o River na Libertadores (Foto: Boca Juniors / Javier García Martino)

A eliminação na Copa Libertadores da América diante do River Plate marcou negativamente o Boca Juniors, então dono da melhor campanha na primeira fase, ainda que em um grupo fraco. Mas o clube xeneize superou o episódio envolvendo o gás de pimenta, fato que lhe custou a participação no torneio, e atraiu novamente os holofotes para seu futebol.

O principal motivo da mudança de foco foi o repatriamento de Carlos Tevez, o Apache, no fim de junho. Com a volta do jogador do povo ao seu time do coração, houve uma grande euforia da imprensa local e também dos torcedores – obviamente -, dividindo as atenções que o River Plate conquistava no país à medida que avançava na Libertadores.

Em sua reestreia, o atacante mostrou um perfil diferente. Está mais maduro do que aquele jovem que saiu de Buenos Aires há 10 temporadas para desbravar os gramados brasileiros. Hoje, sabe que exerce uma influência positiva no elenco. Lidera a equipe e tira a pressão dos colegas. Até mesmo suas provocações estão mais moderadas, quase sutis.

Aos 31 anos, Carlitos é o centro do universo boquense, mas essa posição não o incomoda. Ele sempre quer estar em campo, dividir cada bola e deixar de lado reclamações com a arbitragem para focar apenas no futebol. Em seis partidas pelo Campeonato Argentino, a primeira pela 17ª rodada, fez dois gols e distribuiu duas assistências.

Desde então, o Boca consolidou seu favoritismo e segue firme na ponta da tabela. Virtualmente, disputa o título somente com o San Lorenzo, seu adversário neste domingo (6), em La Bombonera. A diferença entre ambos é de dois pontos (49 a 47), enquanto o Rosario Central ocupa o 3º lugar com 42, à frente de Racing (40), River e Belgrano (38).

Além de ter consideráveis chances de quebrar o jejum nacional que dura quase quatro temporadas, o clube xeneize também é forte candidato na Copa Argentina. Nas quartas de final, encara o Defensa y Justicia. Em seguida, deve jogar com quem sair do embate entre Lanús e o vencedor de Gimnasia La Plata e Vélez Sarsfield.

Apesar do bom momento, o Boca pode se complicar. Contra o San Lorenzo, a equipe de Rodolfo Arruabarrena sofrerá com importantes desfalques. Tevez e Gago foram convocados para os amistosos da Argentina, enquanto Lodeiro defenderá o Uruguai. Já o time de Edgardo Bauza, por sua vez, não poderá contar com o lateral-esquerdo Emmanuel Mas (Argentina) e o meia Néstor Ortigoza (Paraguai).

Todavia, superado o obstáculo deste fim de semana, o Boca se aproximará consideravelmente do título. Ainda por cima,  reencontrará o River Plate no caminho para a glória nacional. O cenário, portanto, é perfeito para se vingar do ocorrido na última Libertadores e consagrar o retorno de Carlitos à sua terra prometida.

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Jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero, é apreciador do futebol latino, do teor político-social do esporte bretão e também de seu lado histórico.