Ianis Hagi não tem e nem terá uma carreira sem comparações. Aos 19 anos, o meio-campista carrega um sobrenome muito forte e com uma herança futebolística que empolga qualquer torcedor na Romênia. Ianis é filho de Gheorghe Hagi, maior ídolo do país e um dos maiores jogadores da década de 90.
Meio-campista, bom passe, habilidoso e técnico. Essa descrição cabe perfeitamente a Ianis. E poderia ser dada a seu pai. Talentoso jogador, é a grande promessa romena para o país voltar aos tempos de destaque internacional.
Atualmente na Fiorentina, clube que pagou 2 milhões de euros por sua transferência, Hagi ainda não mostrou parte de seu potencial no clube italiano, o que não diminui as expectativas em seu país sobre o atleta.
Sempre com Gheorghe: base e profissional
Hagi, o filho, nasceu em 1998, em Istambul, local em que seu pai brilhava pelo Galatasaray, e logo após uma Copa do Mundo em que mais uma vez mostrou seu talento.
Formado nas categorias de base de uma das principais equipes em estrutura do país, Ianis sempre foi muito badalado. Ser filho do grande jogador do país não era tarefa fácil. A badalação veio nas primeiras partidas, primeiros gols.
A Gheorge Hagi Academy foi seu lugar entre os 10 e 16 anos. Antes, passagem pelo Steaua. Sempre visto como muito acima da média, foi trabalhado para ser craque. Diferente de seu pai, pode atuar um pouco mais aberto, devido a sua velocidade, o que foi bem trabalhada, tendo vista a estrutura física mais forte.
Porém, é meio no meio-campo que se sente à vontade. Completo, possui habilidade de sobra. Em alguns lances, parece estar brincando no campo de casa. A técnica no passe e a capacidade de dar assistências também chamam atenção.
Um ponto a se melhorar, a finalização não é ruim comparada a de jogadores de 19 anos. São quatro gols como profissional até o momento, em 40 jogos.
Trajetória entre os profissionais
Ianis Hagi estreou como profissional em 2014, pelo FC Viitorul Constanța, clube que o contratou no mesmo ano e tinha Gheorghe Hagi como dono e técnico. Em 2015, ainda na mesma temporada, anotou seu primeiro gol, justamente no FC Botoșani, mesmo adversário da sua estreia.
Em meio à partidas pelas seleções de base e a fama ganha pelos vários motivos, rumores de transferências surgiram. Mesmo assim, Hagi seguiu mais uma temporada no Viitorul. Com o prestígio de ter sido escolhido melhor atleta jovem da Romênia na temporada passada, ele ganhou a oportunidade de ser capitão da equipe, aos 17 anos.
A temporada de 2015/16 foi mágica para ele. Em 31 partidas, fez três gols e foi figura essencial na campanha que terminou na quinta colocação. A evolução foi notável entre as temporadas.
A Fiorentina, que sempre se mostrou interessada no jogador, contratou a promessa em 2016. Os dois milhões de euros parecem pouco perto do potencial do atleta. Hagi chegou com a camisa 11 e passou a temporada entre a base e o elenco principal.
Empréstimo decisivo. Qual clube?
Sempre apontado como grande talento do futebol mundial, ele ainda não conseguiu sequência na equipe, tendo jogado apenas dois jogos no profissional. Mesmo assim, os italianos apostam muito no atleta. Empréstimos no começo de 2018 são especulados, o que poderia fazer bem para o jogador.
Com trajetória semelhante a de Gheorghe, o segundo Hagi da linhagem parece ser o grande trunfo para a Romênia voltar a uma Copa do Mundo. Desde a aposentadoria do seu pai, ninguém mais conduziu os romenos à competição. O talento pode ser importante para a Fiorentina. Para o futebol. Mas não será maior para sua seleção. Que o talento apareça de vez. O craque é esperado.