Guia do Sul-Americano Sub-20 2019 – Grupo B

Guia do Sul-Americano Sub-20 2019 – Grupo B

Confira os jogadores que podem brilhar no grupo B do torneio

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O torneio de futebol de base mais importante da América do Sul está de volta, valendo quatro vagas para o Mundial Sub-20 e mais duas vagas diretas para as Olimpíadas de 2020. Você confere todos os detalhes aqui no Alambrado, e hoje é dia de saber quem são os jovens com potencial para se destacar no grupo B do Sul-Americano Sub-20. Confira!

Uruguai

Experiência de Schiappacasse pode ser decisiva (Foto: Reprodução)
Experiência de Schiappacasse pode ser decisiva (Foto: Reprodução)

Na edição passada do Sul-Americano Sub-20 o Uruguai conseguiu quebrar um jejum de 36 anos para conquistar seu oitavo título na história. Dessa vez, a jovem seleção celeste chega sem o peso do tabu, mas com a responsabilidade de manter uma era de revelação de jovens talentos em curso.

E o que não falta para seguir a boa fase é talento. O Uruguai conta com atletas de alto calibre em todos os setores do campo, e pode até se dar ao luxo de colocar algumas potenciais estrelas no banco de reservas. A abundância já começa na disputa pela titularidade no gol, onde Renzo Rodriguez, do Independiente-ARG, parece ter ganho a preferência em relação ao badalado Franco Israel, da base da Juventus-ITA.

A solidez na defesa parece garantida, com destaque para o zagueirão Bruno Mendez, do Montevideo Wanderers, que inclusive já fez sua estreia pela seleção principal em um amistoso contra o Brasil no ano passado. Mendez deve ser o líder do setor, contando com a assistência do companheiro Sebastian Caceres e do lateral direito Busquets.

Do meio para a frente o técnico Fabian Coito também não pode reclamar de opções. A princípio, o comandante deve adotar uma postura mais conservadora na parte central, com três volantes que marcam incansavelmente, mas que têm boa capacidade de sair para o jogo. Entre eles, destaque para Martin Barrios, do Racing-URU.

O setor ofensivo tem talento para todos os gostos. Do oportunista Darwin Nuñez, passando pelo “veterano” Schiappacasse, que jogou o Mundial Sub-20 de 2017 e está no Atlético de Madrid B, e com opções no banco como o versátil Sanabria e o habilidoso Pablo Garcia.

Mas o maior talento talvez seja o centroavante Emiliano Gómez. Titular do Defensor-URU e com força e explosão para arrancadas impressionantes, talvez tenha como única barreira a inexperiência de seus 17 anos recém-completados. Se tiver maturidade, pode chegar muito longe.

Peru

Lanterna da edição passada, o Peru foi atrás do argentino Daniel Ahmed, que comandava o Sporting Cristal, para dar um jeito em sua seleção sub-20. Os resultados em amistosos recentes não foram lá muito animadores, mas mesmo assim a seleção andina tem alguns atletas com boas perspectivas.

Quem parece estar mais próximo de brilhar é o meio-campista Jairo Concha, do Universidad de San Martin-PER. Jogador moderno, do tipo que todo treinador gosta: marca bem, consegue sair jogando com qualidade e ainda dá apoio no campo de ataque. Concha demonstra classe e tranquilidade com a bola no pé, e ainda é capaz de marcar belos gols de fora da área.

Outro que pode ter destaque é o ala Marcos Lopez, recentemente contratado pelo San José Earthquakes-EUA. Canhoto, veloz e habilidoso, Lopez é o tipo de jogador que incomoda os adversários o tempo todo, embora às vezes possa ser um pouco afobado na conclusão das jogadas. É o único do time que já serviu a seleção principal, em amistoso no ano passado.

No ataque, o Peru espera que o entrosamento da dupla do Sporting Cristal seja transformado em gols. Christopher Olivares e Fernando Pacheco se complementam bem dentro de campo, sendo o primeiro mais fixo dentro da área e o segundo responsável pela mobilidade do setor.

Argentina

Almada (20) é um dos jogadores mais talentosos da competição (Foto: Reprodução)
Almada (20) é um dos jogadores mais talentosos da competição (Foto: Reprodução)

Mesmo em tempos onde a seleção principal já não pareça ter a mesma força de antes, a cultura futebolística do povo argentino mantém as engrenagens da formação de grandes jogadores funcionando. É com essa mentalidade que o time comandado por Fernando Batista chegará ao Chile, tentando seu sexto título no torneio. Mas as condições adversas já começaram antes mesmo da bola rolar.

A seleção alviceleste perdeu por lesão duas de suas maiores estrelas, os meias Agustin Almendra e Ezequiel Barco. Algo para abalar as estruturas de qualquer equipe, mas que pode ser remediado pela ascensão de alguns talentos ainda mais jovens, já que o time conta com vários atletas que sequer completaram 19 anos.

É nessa faixa onde está, talvez, o jogador mais promissor da equipe. Com apenas 17 anos, o meia Thiago Almada surge debaixo de tremenda expectativa. Já acumula participações na equipe titular do Vélez Sarsfield, e com seu estilo driblador e criativo já rende comparações com ninguém menos que Lionel Messi. Exagero? Muito provavelmente. Mas é difícil não enxergar a qualidade do camisa 20.

A dupla de zaga é formada por dois atletas de alto nível: O ágil Balerdi, do Borussia Dortmund, e o seguro Nehuén Perez, emprestado pelo Atletico de Madrid ao Argentinos Juniors. Jogadores que apesar da pouca idade já contam com boa experiência, como o lateral direito Facundo Mura, do Estudiantes.

Do meio para a frente sobram opções. Fausto Vera é volante mordedor clássico, enquanto seu companheiro Santiago Sosa, do River Plate, adota um estilo mais cerebral na distribuição do jogo. A criação deve ficar a cargo de Gonzalo Maroni, emprestado pelo Boca Juniors ao Talleres, que tem bom passe e finaliza bem de fora da área.

A referência na área é Facundo Colidio, da Internazionale-ITA, atacante móvel e esperto para se posicionar. Terá ajuda de Maxi Romero, do PSV, segundo atacante com estilo de jogo aguerrido, lembrando Carlitos Tevez. Julian Alvarez, do River, é outro que merece atenção na parte ofensiva, assim como o versátil De la Vega, do Lanús.

Paraguai

Espera-se muito da atual geração sub-20 do Paraguai. Famoso historicamente por produzir grandes jogadores para o setor defensivo em décadas passadas, a seleção guarani tem dado cada vez mais espaço para a criatividade em suas categorias de base, e o Sul-Americano deste ano será um bom teste para saber se a mudança de cultura proporcionou bons resultados.

O time conta com dois jogadores que atuam em duas das melhores formadoras de atletas do Brasil no momento. Antonio Galeano, do São Paulo, é um meio campista que joga aberto com extrema habilidade e agressividade, entrando na área sempre que há chance. Já Anibal Vega, atacante do Palmeiras, impressiona pela técnica e tranquilidade dentro da área.

Anibal Vega é um dos destaques "brasileiros" do Paraguai (Foto: Reprodução)
Anibal Vega é um dos destaques “brasileiros” do Paraguai (Foto: Reprodução)

Os dois são pilares de um sistema ofensivo muito forte, que conta ainda com o ponta Ivan Franco, titular da equipe principal do Libertad. Driblador e sem medo de ir pra cima, ainda acrescenta muito à equipe com sua experiência no profissional. O setor é completo pelo atacante Antonio Marin, artilheiro nato do Guarani-PAR.

Fernando Cardozo, volante do Olimpia-PAR, é o responsável pelo equilíbrio do time. Meio-campista inteligente, consegue ditar o ritmo do jogo para permitir que os quatro destaques do ataque tenham liberdade para ir para cima. Na lateral-direita, Chritian Candia, do Libertad, chama a atenção pela segurança e liderança dentro de campo.

Equador

Concentração é a chave para o Equador nesta edição do Sul-Americano. Com o objetivo claro de conquistar uma vaga para o Mundial da Polônia, o técnico argentino Jorge Célico montou um calendário de preparação que contou com seis meses repletos de amistosos, onde o grupo se tornou praticamente fechado.

A força mental será necessária para superar um obstáculo considerável: o desfalque do grande craque do time, Stiven Plaza. Destaque da Libertadores Sub-20 do ano passado pelo Independiente Del Valle, Plaza acertou recentemente com o Valladolid-ESP, que não liberou o atacante para disputar o Sul-Americano.

Para suprir sua ausência, o Equador conta com uma dupla de ataque que atua no futebol chileno. A estrela do setor é o oportunista Leonardo Campana, do Barcelona Guayaquil. Deve formar dupla com Alexander Bolaños, do Colo Colo, primo do ex-gremista Miller Bolaños.

O responsável por municiar esse ataque é o habilidoso canhoto Rezabala, do Independiente Del Valle. Inteligente, o camisa 10 é daqueles que parecem acima da média só pelo jeito de bater na bola.

O Equador também tem bons valores na defesa. O principal talvez seja Jackson Porozo, zagueiro técnico e muito forte no jogo aéreo que rendeu uma disputa entre Palmeiras e Santos no ano passado pela sua contratação, com o Peixe levando a melhor. Na lateral esquerda, Diego Palacios, do Willem-HOL, apoia bem o ataque sem se descuidar da marcação, além de ser importante na bola parada.

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