Você já viu aqui os potenciais destaques do Grupo A do Europeu Sub-21, que começa nesta sexta-feira (16) na Polônia. Agora é a vez de conferir que são os jovens craques do Grupo B, que conta com uma rivalidade ibérica e dois times que correm por fora com boas chances. Confira:
Grupo B
Portugal
Campeão da Eurocopa em 2016, Portugal vive seu melhor momento futebolístico. Com um dos melhores jogadores do mundo à disposição, a seleção principal segue evoluindo coletivamente. Tal situação não deve ser problema para a equipe sub-21.
Experiente, o time vice-campeão em 2015, chega forte para a disputa. Em busca do título inédito, o técnico Rui Jorge terá um meio-campo estelar: Renato Sanches, do Bayern de Munique, Ruben Neves, do Porto, e Bruno Fernandes, da Sampdoria, são destaques há algumas temporadas entre os profissionais. Somados aos potenciais destaques de João Carvalho e Geraldes, de Benfica e Sporting, você visualizará um setor fantástico.
No ataque, nomes conhecidos brigam por vagas na equipe titular. Se preferir pelo momento, Iuri Medeiros, jogador muito técnico que atua no Boavista, e Ricardo Horta, do Sporting Braga, são opções. Caso vá pelo histórico na base, Bruma, que surgiu como fenômeno no Sporting, Gonçalo Guedes, do PSG, e Diogo Jota, do Porto, são os três postulantes ao time titular.
Com tantas qualidades ofensivas, a defesa é que preocupa. Com apenas Rúben Semedo como destaque em seus clubes, o setor defensivo pode dificultar a busca pela taça. As chances de resultados cheios de gols pode ser uma constante nos jogos lusos. Quem sabe o filme da equipe principal não se repita.
Sérvia
O surpreendente título do Mundial Sub-20 em 2015 deu uma injeção de moral para as categorias de base da seleção sérvia. E a base daquele time chega agora para o Europeu Sub-21 mais madura e confiante, tentando reafirmar a qualidade de seus jogadores.
Boa parte dessa confiança vem pela ótima forma do centroavante Uros Djurdjevic, estrela do Partizan com apenas 23 anos. Jogador de técnica apurada dentro da área e com grande poder de finalização, Djurdjevic marcou oito gols na campanha da Sérvia nas eliminatórias para o torneio.
O meio de campo é sérvio é um dos mais promissores da competição. O habilidoso baixinho Andrija Zivkovic, que atua aberto pelas pontas e se destacou no título do Mundial Sub-20, pode quebras as linhas de marcação com seus dribles em velocidade.
Gacinovic, do Eintracht Frankfurt, é o cérebro do time, munido pelos versáteis Maksimovic e Grujic, jogadores altos que conseguem exercer suas funções na marcação e levar perigo no jogo aéreo.
Na defesa, o lateral-direito Gajic, do Bordeaux, e o zagueiro Veljkovic, do Werder Bremen, demonstram segurança e ajudam na saída de bola com qualidade, em um time que gosta de valorizar a posse. Pode surpreender mais uma vez.
Espanha
A Espanha vinha mostrando um desempenho excelente na categoria durante essa década, com dois títulos do Europeu Sub-21 conquistados, em 2011 e 2013. No entanto, o time acabou ficando de fora da edição passada, e agora quer retomar o tempo perdido.
Qualidade não falta. Se o critério for rodagem em grandes times da Europa, a Espanha provavelmente é um dos times desta edição que conta com mais jogadores que já atuam com certo destaque em suas equipes, participando com frequência de grandes competições.
Gente do calibre do meia Marco Asensio, autor do último gol do Real Madrid na final da Liga dos Campeões, jogador extremamente técnico que parece estar dando conta com sobras de toda a expectativa que gerou desde que era muito jovem.
São ótimas opções em todos os setores, desde os laterais Bellerin e Gaya, que apoiam com qualidade, passando pelos bons zagueiros Meré e Vallejo. No meio, Saul Ñiguez, do Atletico de Madrid, e Denis Suarez, do Barcelona, jogadores criativos e de bom passe.
O ataque privilegia a leveza e a velocidade. Deulofeu, que vem de boa temporada pelo Milan, é o artilheiro do time, e seu companheiro Iñaki Williams abre espaços com inteligência e força. No banco, figuras como Dani Ceballos e Sandro Ramirez, que podem entrar e mudar um jogo. A Espanha não vem para brincadeira.
Macedônia
O leitor do Alambrado já leu sobre algumas histórias desta geração da Macedônia que fez história. Pela primeira vez, o país disputará a fase final de uma competição continental. E a expectativa é enorme por uma campanha interessante.
Caso repitam a fase de qualificação, quando eliminaram a França, é bom Portugal, Sérvia e Espanha, três dos principais favoritos, ficarem ligados agora. Apesar de estar no grupo, disparadamente, mais forte da competição, o objetivo é fazer bonito.
A seleção é liderada por David Babunski. Formado pelo Barcelona, o camisa 10 é puro talento e desfila técnica no Yokohama F. Marinos, do Japão. Capaz de decidir o jogo em poucos movimentos, poderia ter atingido outro patamar na carreira.
No ataque, Daniel Avramovski, que atua na Eslovênia, e Marjan Radeski, do Shkendija, fazem os gols. Radeski, inclusive, deve rumar para outro centro após a competição.
Um destaque que ainda dá seus primeiros passos, mas é tido como principal promessa do futebol do país, é Elif Elmas, do Rabotnički. O meia já estreou pela seleção principal, e empolga. Rápido, pode ser opção do técnico Blagoja Milevski para as partidas.