Guia do Europeu Sub-17 de 2018 – Parte II

Guia do Europeu Sub-17 de 2018 – Parte II

Confira os destaques dos grupos C e D

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O Europeu Sub-17 deste ano já começou, e o Alambrado segue te deixando informado sobre as potenciais estrelas do torneio. Nesta segunda e última parte do guia, você conhecerá os destaques dos grupos C e D do torneio que acontece na Inglaterra.

GRUPO C

Irlanda

Idah é o craque irlandês (Foto: Reprodução)
Idah é o craque irlandês (Foto: Reprodução)

A escola irlandesa de futebol não costuma exaltar tanto os talentos individuais, privilegiando o jogo coletivo e a aplicação tática para aumentar a competitividade. Nesta edição do Europeu, no entanto, a premissa parece ter se invertido, com os irlandeses apresentando ao continente um candidato a estrela.

Trata-se de Adam Idah, centroavante do Norwich City, da Inglaterra. À primeira vista, parece ser apenas mais um grandalhão desajeitado, mas não se engane: Além da óbvia força no jogo aéreo e nas disputas com a zaga, Idah apresenta uma habilidade impressionante, suficiente para render comparações com Ibrahimovic e atrair o interesse do Manchester United.

O resto do time fica à sombra da jovem estrela, mas mesmo assim apresenta alguns bons valores. Seu parceiro de ataque, Troy Parrot, têm momentos de brilho. Sean Brennan, meia do Southampton, é do tipo que obedece à tradição de velocistas que atuam abertos. Incansável, é uma das peças que mantém o time ligado, assim como Nathan Collins, zagueiro e capitão do time.

Bélgica

OK, você provavelmente já está cansado de ouvir a expressão “Ótima Geração Belga”. Mas é fato que nos últimos anos a Bélgica mostrou diversos bons jogadores, e esta seleção que joga o Europeu não foge a regra.

O jogador mais promissor do time é o meia Lars Dendoncker, do Brugge. Meia versátil e extremamente inteligente, é o tipo de jogar que o futebol moderno costuma premiar. Capaz de jogar também como zagueiro, ele é essencial no esquema do técnico Thierry Siquet.

Outro que se destaca pela versatilidade é Yorbe Vertessen, do PSV Eindhoven, que atua em várias funções do setor ofensivo e ajuda a confundir as defesas adversárias com sua movimentação constante. Mas a jóia maior do ataque é Sekou Sidibe, jogador veloz e habilidoso do PSV que deve brilhar na competição.

Dinamarca

A Dinamarca nunca conseguiu ir além das semifinais no Europeu Sub-17, e se isso acontecesse na edição deste ano seria uma grande surpresa. Mas de um time que já foi capaz de eliminar a poderosa França na fase de qualificação, o que mais pode surpreender?

A campanha do time na eliminatória foi marcada pela solidez defensiva, com apenas dois gols sofridos em seis jogos. Muito por conta do goleiro Andreas Sondergaard, do Wolverhampton, extremamente seguro e com ótimos reflexos. O lateral esquerdo Petersen também é um dos pilares do setor.

Se a defesa é quase impenetrável, o ataque não chega a ser exatamente assustador, anotando apenas cinco gols na fase preliminar. Mas vale ficar de olho em Gustav Isaksen, habilidoso meia-atacante do Midtjylland.

Bósnia Herzegovina

Coincidentemente, a Bósnia acabou caindo no mesmo grupo que a Dinamarca mais uma vez na fase final do Europeu Sub-17, algo que já havia acontecido no Elite Round. E se a classificação dos dinamarqueses foi surpreendente, a dos bósnios foi mais ainda.

Não se pode, porém, dizer que o time não é cascudo. Com uma capacidade de concentração enorme, a Bósnia é o tipo de time que mesmo sem nenhum craque consegue vender caro qualquer resultado.

A reserva técnica pode ser vista principalmente no camisa 10 Ajdin Hasic, do Dinamo de Zagreb, jogador que se desdobra no campo de ataque para criar opções para o time. O veloz Mujic é a outra opção de onde podem sair boas jogadas.

O meia Mehic, da Atalanta, autor do gol da classificação, é uma espécie de termômetro da equipe. Quando está bem, pode ser essencial para que a Bósnia sonhe em algo que vá além de uma simples participação na primeira fase.

GRUPO D

Alemanha

Em busca do tetra e da retomada nos títulos na base, que o país se acostumou na década passada, a badalada base alemã tem um bom time para esse ano, mas não comparável às gerações recentes.

Comandada por Batista Meier, atacante do Bayern de Munique, e que nasceu no Brasil, a aposta é, novamente, no meio-campo. Batista, que atua pelo lado esquerdo, é o jogador de maior poder de decisão individual, pelos seus dribles e chutes.

No meio-campo, Papela, do Mainz, é o capitão e organizador. Com bom passe e estilo mais clássico, costuma ser o cara que busca o jogo. Assim como Tom Krauß, do RB Leipzig ,que marca um pouco mais.

Amid Khan Agha, armador do Hoffenheim, é o camisa 10 da equipe. Criativo, inteligente e técnico, costuma fazer gols. Se for regular, tem tudo para brilhar na competição.

Holanda

Para ajudar na renovação do futebol holandês, a seleção sub-17 é vista como uma das melhores recentes. Além da boa campanha na fase de classificação, o tricampeonato ganha força com um potencial craque.

Daishawn Redan, centroavante de destaque do Chelsea, é o melhor da geração. São 30 gols em 37 partidas pelas seleções de base da Holanda. Boa finalização, posicionamento perfeito e muita inteligência para se desmarcar fazem de Redan um potencial craque.

Pelos lados, Summerville, do Feyenoord, e Ihattaren, do PSV, são atacantes com pés de meia. Criadores de jogadas e de excelente passe, criam muitas chances de gol.

No meio-campo, Quinten Timber, do Ajax, e Wouter Burger, do Feyenoord, dão boa saída para a equipe, que costuma ser ofensiva e pressionar o adversário. Porém, se precisar se defender e contra atacar, o time também é perigoso.

Espanha

Grande potência da base, a Espanha vem outra vez com um time forte. Uma mistura de Barcelona, Real e Atlético de Madrid, com uma pitada de Manchester. Essa é a receita para a seleção levar o título.

Na lateral-esquerda, Miguel Gutiérrez, do Real Madrid, é um dos expoentes da geração. Na zaga, é Eric Garcia o grande atleta. O jogador do Manchester City mostra muita técnica e categoria ao sair jogando.

No meio-campo, Adrián Bernabé, do Barcelona, e Puigmal, do Manchester United, dão dinamismo e um toque de inteligência ao setor do time.

O ataque é território do Atlético. A dupla Victor Mollejo e Cesar Camello se completam. Na referência, Nabil Touaizi, doi City, é o responsável por fazer os gols.

Sérvia

Apesar da tradição, a Sérvia nunca ganhou o Europeu Sub-17. Sequer chegou à final. Neste ano, parece que isso não vai acontecer. Ao menos, pela dificuldade do grupo, que é considerado o mais difícil disparado do torneio.

O melhor jogador da equipe e líder da seleção é Ivan Ilic, do Estrela Vermelha. Volante de excelente técnica, dinamismo e capacidade de marcação, é considerado uma das maiores promessas do futebol da Sérvia.

Milutin Vidosavljevic, do Cucaricki, é o camisa 10. Atacante que atua pelos lados, centralizado, e até como armador, tem margem de evolução e aparece como o cara para decidir individualmente.

Na defesa, ponto forte do time, Stefan Radmanovac, lateral-direito do Partizan, ataca e marca da mesma maneira. Craque da posição, deve despertar interesse de diversos clubes após a competição.

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