A última parte do especial sobre “as 50 maiores promessas do mundo”, publicada em 2007, pela revista inglesa “World Soccer”, reserva aos fãs do futebol bons nomes do mundo à época. Talvez a parte com mais jogadores bem-sucedidos.
Rakitic, Ozil, Renato Augusto e Alexis são alguns dos exemplos. Ao mesmo tempo, Andrea Russotto e Nikolay Mihaylov estão na lista. Nomes para ver, observar e tentar entender o que aconteceu. Confira aqui.
Fran Mérida- 04/03/1990- Espanha – Meio-campista
Onde jogava: Arsenal
Onde está: Huesca
Era o novo: Fabregas
Do Barcelona para o Arsenal. Ainda na base. Qualidade no passe e papel de armador destacado. Não, não estou falando de Fabregas. Fran Mérida, ao chegar ao Arsenal, em 2005, tinha expectativa de ser ainda melhor que Cesc. Dono de um chute potente, liderou uma geração incrível da base dos ingleses.
Na seleção da Espanha, foi um dos melhores no Mundial Sub-17 de 2007 e no Mundial Sub-20 de 2009. Porém, na transição para os profissionais, algo deu errado. De projeto de grande astro espanhol para o Huesca, da segunda divisão espanhola. Mérida chegou a receber uma grande chance no Atlético-PR, mas também desperdiçou.
Nikolay Mihaylov – 28/06/1988 – Bulgária – Goleiro
Onde jogava: Twente
Onde está: Mersin İdmanyurdu
Era o novo: Borislav Mihaylov
Terceiro goleiro de uma geração vitoriosa da Bulgária, Mihaylov era apontado como grande promessa da posição pela revista. Aposta do Liverpool, estava emprestado ao Twente – onde ficou por três anos e fez bons jogos.
Na Bulgária, Mihaylov fez carreira. Foram 31 partidas pela seleção principal e o prêmio de melhor jogador do país, em 2011. Apesar da alta qualidade debaixo das traves, não chegou a atuar em grandes ligas. Talvez por más escolhas. Atualmente, está no Mersin İdmanyurdu, que disputa o Campeonato Turco.
Mesut Ozil- 15/10/1988- Alemanha- Meio-campista
Onde jogava: Schalke 04
Onde está: Arsenal
Era o novo: Andreas Moller
A definição de camisa 10 clássico nunca coube tão bem para um jogador. E um 10 moderno. A bola passava por Ozil e era bem tratada. Ainda é. Rei das assistências, dominava o meio-campo da Alemanha e do Schalke 04.
Craque na melhor definição, Ozil brilha na Premier League. As assistências saem em abundância. Além disso, a classe para finalizar impressiona. Ao conquistar a Copa do Mundo, em 2014, consolidou-se como um dos grandes da posição na década. Quem sabe no século.
Andrea Russotto- 25/05/1988- Itália- Meio-campista
Onde jogava: Treviso
Onde está: Sem clube
Era o novo: Roberto Baggio
No Treviso, Russotto era uma estrela. Aos 17 anos já comandava a equipe e mostrava técnica para ser grande. Formado pelo Bellinzona, Russoto parecia ser a grande esperança do futebol italiano. Porém, o auge parece ter sido alcançado em 2007, mesmo aos 19 anos. Desde lá, pouco brilho.
Nos Jogos Olímpicos de 2008, integrou a equipe, mas sem destaque. De novo Roberto Baggio, a ficar sem clube. A técnica não foi o bastante para Russotto. O jogador de fantasia não virou realidade nos profissionais.
Renato Augusto- 08/02/1988- Brasil- Meio-campista
Onde jogava: Flamengo
Onde está: Beijing Gouan
Era o novo: Rivaldo
Ao surgir no Flamengo, Renato Augusto despertou atenção dos europeus. Chamado pela revista de Rivaldo destro, Augusto demonstrava qualidades para armar e finalizar. Um meio-campista quase completo.
Talento nato que logo migrou para a Alemanha. A passagem pelo Bayer Leverkusen foi positiva. Caso não fossem as lesões, poderia ser até um dos destaques da seleção brasileira. Após o título de Brasileiro pelo Corinthians, rumou à China.
Henri Saivet- 26/10/1990- França- Meio-campista
Onde jogava: Bordeaux
Onde está: Newcastle
Era o novo: Henry
Não era apenas o nome semelhante. Henri Saivet lembrava Henry também em campo. Principalmente na base. Com muita qualidade na arrancada e forte fisicamente, era um dos destaques das seleções francesas de base. Não era só apontado como futuro da França, mas do futebol continental.
Jogando agora como meio-campista, até mesmo como volante, foi contrato pelo Newcastle, após 12 anos de Bordeaux – contando com as categorias de base. Após não defender a seleção francesa principal, foi convocado por Senegal. E é lá que vem jogando e sendo um destaque da seleção.
Micah Richards- 24/06/1988- Inglaterra- Zagueiro
Onde jogava: Manchester City
Onde está: Aston Villa
Era o novo: Duncan Edwards
Forte fisicamente e muito veloz, Richards era o defensorperfeito. A qualidade apresentada pelo jogador foi tão grande que chegou a colocar o atleta como possível novo dono da zaga inglesa à época.
Mas a falta de oportunidades no City e algumas lesões não permitiram a grande evolução do atleta. Mesmo assim, chegou a ser convocado várias vezes para a seleção inglesa. Atualmente, é jogador do Aston Villa.
Alexis Sánchez- 19/12/1988- Chile- Atacante
Onde jogava: River Plate
Onde está: Arsenal
Era o novo: Marcelo Salas
Desde jovem, Sánchez é apontado como grande joia do futebol chileno. Dentro de um contexto difícil, de mudança de geração, ele foi incumbido de liderar a seleção chilena. E a primeira foi a sub-20.
Em 2007, foi o grande craque do Chile semifinalista do torneio. A qualidade na finalização, velocidade para arrancar e a facilidade para o drible o colocavam como uma das grandes promessas do futebol mundial. Ao passar por River Plate e Colo Colo, a América do Sul pôde se deliciar com ele. Assim como na Europa: Udinese, Barcelona e Arsenal. Hoje, brilha intensamente no futebol inglês.
Sergio Tejera- 28/05/1990- Espanha- Volante
Onde jogava: Chelsea
Onde está: Gimnástic
Era o novo: Xavi
Tejera é um dos casos de superestimação com um jogador. O famoso “empolgou” pode ser definido por aqui. Após alguns bons jogos pela base do Espanyol e seleção espanhola, o Chelsea o contratou para a base. Logo, a badalação chegou ao atleta.
Volante moderno, de bom passe e boa chegada, não recebeu muitas chances no milionário clube de Londres – o que era comum. Após atrasar o seu desenvolvimento, acertou com o Mallorca, aos 20 anos. Depois de relativo sucesso, voltou para o Espanyol, mas não teve tantos ótimos momentos. Atualmente, busca espaço no meio-campo do Gimnástic. De volante moderno, para brucutu.
Marek Suchy- 29/03/1988- República Tcheca- Zagueiro
Onde jogava: Slavia Praga
Onde está: Basel
Era o novo: Tomás Ujfalusi
Zagueiro alto, de boa técnica e com espírito exacerbado de liderança. Tudo isso aos 19 anos. Suchy era o grande nome da República Tcheca para o futuro. E foi. Com carreira digna, foi ídolo no Slavia Praga e titular no Spartak Moscou e Basel- clube onde está.
Pela seleção tcheca, foram 25 convocações. O zagueiro que poderia fazer diferente da média dos companheiros o fez. Tradicional em revelar jogadores para o sistema ofensivo, Suchy foi exceção.
Ivan Rakitic- 10/03/1988- Croácia- Meio-campista
Onde jogava: Schalke 04
Onde está: Barcelona
Era o novo: Zvonimir Boban
Um dos grandes sucessos apontados pela revista. O talento de Rakitic era visto desde o Basel, quando tinha 17 anos. A qualidade na bola aérea, vista pelos gols desta forma, o colocaram em um outro patamar: a grande promessa do futebol suíço. E croata.
Optando pela Croácia, teria à disposição uma boa equipe. E poderia jogar um Copa do Mundo com boas condições de grande campanha. A segunda ainda não foi vista, mas poderá acontecer. Após ser comprado a peso de ouro por Schalke 04 e Sevilla, encontrou-se no Barcelona. Lá é titular e peça importante da equipe.
Abdou Traoré- 28/12/1988- Burkina Faso- Meio-campista
Onde jogava: Rosenborg
Onde está: Konyaspor
Era o novo: Øyvind Storflor
Contratado para substituir o ídolo Øyvind Storflor, no Rosenborg, Traoré era o meio-campista destaque do futebol africano à época. Dono de boa velocidade e chute forte, era dele a função de armar as jogadas de ataque dos noruegueses.
Integrante da badalada geração de Burkina Faso, não chegou a ter grandes apresentações pela seleção local. Porém, conseguiu sequência como titular por todos os clubes em que passou. Atualmente, é titular do Konyaspor – clube em que está emprestado pelo Karabukspor.
Carlos Vela- 01/03/1989- México- Atacante
Onde jogava: Osasuna
Onde está: Real Sociedad
Era o novo: Hugo Sánchez
Vela chocou o mundo com a geração do México campeão mundial sub-17 em 2005 – onde foi o artilheiro com cinco gols. Era o complemento ideal de Giovanni dos Santos. A capacidade de finalização na perna esquerda era espetacular. Fantástica. Porém, assim como Pato, não rendeu tudo o que se esperava.
Em alguns momentos, Vela se desliga do jogo. Atualmente, pela Sociedad, clube onde é ídolo, atua algumas vezes como meio-campista. Se no Arsenal não vingou, não podemos falar o mesmo na equipe espanhola e na seleção de seu país. Caso jogue tudo que já demonstrou, pode ainda ser um dos grandes nomes da seleção mexicana.
Theo Walcott- 16/03/1989- Inglaterra- Atacante
Onde jogava: Arsenal
Onde está: Arsenal
Era o novo: Ian Wright
No passado, Walcott era sinônimo de esperança. Atualmente, de fracasso. Porém, engana-se que o jogador mais jovem a disputar uma Copa do Mundo com a Inglaterra, em 2006, não teve sucesso. Com sua velocidade, está há 10 anos no Arsenal. Caso não fossem as lesões, a história poderia ser bem diferente da que é.
Com habilidade e velocidade absurdas, soma mais de 50 gols pelo Arsenal. Pela Inglaterra, são oito gols em 53 convocações. A promessa do Southampton conseguiu sequência. Se não foi o craque que esperavam, é um importante jogador da liga local.
Gregory Van Der Wiel- 03/12/1988- Holanda- Lateral-direito
Onde jogava: Ajax
Onde está: PSG
Era o novo: Reiziger
Marcador nato. Van Der Wiel era o polivalente da defesa do Ajax. Podendo ser lateral ou zagueiro, demonstrava qualidade e força. A qualidade era notória. E estava claro que chegaria a seleção da Holanda. E chegou.
Contratado pelo PSG em uma negociação milionária, é tricampeão pelo clube parisiense. Porém, atualmente, é reserva de Aurier, que vem bem na lateral-direita. Talvez seja a chance de mudar de clube e mostrar o grande potencial que tem.