Nesta edição da Copa Libertadores, um fato insólito chamou a atenção dos amantes do torneio continental. Pelo grupo 2, denominado “grupo da morte”, o San Lorenzo, atual campeão, sucumbiu diante da força da chave e caiu ainda na primeira fase.
No entanto, esse é um fato incomum na Libertadores. Você se lembra da última vez em que o então detentor do título foi eliminado na fase inicial?
A equipe do Alambrado analisou os dois casos anteriores que ocorreram neste século. Desde 2000, coincidentemente, a competição passou a ter oito grupos na primeira fase. A exceção foi na temporada de 2004, quando houve nove grupos, totalizando 36 equipes.
Internacional – 2007
Vencedor da edição de 2006 e atual campeão do mundo, o Internacional entrou como favorito ao bicampeonato. Além da manutenção de boa parte do elenco, a continuidade de Abel Braga era um trunfo.
Somado ao surgimento de Alexandre Pato, estrela em ascensão, o grupo 4, formado por Nacional (URU), Velez Sarsfield (ARG) e Emelec (EQU), parecia tarefa fácil. Apenas pareceu.
Logo na estreia, derrota dolorida fora de casa para o Nacional de Godín por 3 a 1. Uma semana depois, alívio. Com o trio de ouro afinado, Pato deixou o dele e ajudou nos 3 a 0 sobre os equatorianos do Emelec.
Porém, na terceira partida, uma goleada sofrida diante do Vélez Sarsfield na Argentina pôs o brilho do poderoso Inter em alerta. Em show de Escudero, 3 a 0 para os argentinos. No returno, o Internacional não se vingou e ficou no 0 a 0.
A campanha já estava comprometida. Nem mesmo as vitórias por margem de um gol contra o Emelec, no Equador, e contra o Nacional, na última rodada, deram o direito do Internacional de disputar a fase seguinte, já que o triunfo sobre os uruguaios precisava ser por três gols de diferença.
Início de um ano ruim para os torcedores colorados. No Campeonato Gaúcho, o time ficou em 7° lugar. No Brasileirão, a péssima 17ª colocação e a ausência da Libertadores no próximo ano. A temporada só se salvou com o título da Recopa Sul-Americana em cima do Pachuca. Mesmo assim, um ano bem aquém das expectativas do Internacional.
LDU – 2009
A surpreendente LDU fez bonito e impactou o continente sul-americano em 2008. Após conquistar o Maracanã e quase sagrar-se campeã mundial diante do Manchester United (perdeu por apenas 1 a 0 fazendo um bom jogo), as esperanças por uma ótima campanha estavam mantidas.
Mesmo sem a estrela Guerrón, vendido para o espanhol Getafe, alguns ótimos jogadores continuavam, como Manso e Bieler. Problema era a inconstância dos principais atletas. Soma-se a isso o grupo difícil, chamado de “grupo da morte”. Aquela chave 1 era composta também pelos brasileiros Palmeiras e Sport, além do tradicional e forte chileno Colo-Colo.
Na estreia, a vitória por 3 a 2 em casa sobre o Palmeiras empolgou. Pena que o segundo jogo já levou a equipe para a realidade. 2 a 0 para o Sport na Ilha do Retiro, com show de Paulo Baier.
Os duelos diante dos chilenos foram ruins: 3 a 0 como visitante e um empate por 1 a 1 com gosto muito amargo, em casa. O time do Equador vencia até os 47 minutos, quando Bieler marcou contra.
Os dois outros jogos contra brasileiros seriam muito difíceis e apenas duas vitórias dariam a vaga para o time. Porém, duas derrotas contundentes fizeram da LDU mais um campeão eliminado na primeira fase.
A sequência da temporada não foi muito boa também. Mas isso em âmbito nacional. Internacionalmente, a LDU seguiu grande. Títulos da Recopa (em cima do Internacional) e da Copa Sul-americana, novamente sobre o rival predileto Fluminense.