O Europeu Sub-19 de 2017 foi mais um ponto alto de um ano repleto de glorias e brilho para a base inglesa. De cinco competições importantes disputadas, três títulos (Toulon, Mundial Sub-20 e Europeu), um vice (Europeu Sub-17) e uma semifinal (Euro Sub-21). Estatísticas que mostram o caminho certo trilhado pelo país.
Na conquista da Euro, o título veio com boas atuações e 100% de aproveitamento. Coube às gerações /98 e /99 comandar um time forte fisicamente e repleto de velocidade, que chegava facilmente ao gol adversário.
Assim como no Torneio de Toulon e no Mundial Sub-20, as gerações repletas de talento puderam ser divididas, formando assim boas equipes. Apesar do forte nível da competição, nem mesmo a vencedora geração portuguesa e a ótima Holanda fizeram frente aos ingleses.
Com Mason Mount protagonizando lances de extrema qualidade, Rickets e Sessegnon pelas pontas e muita movimentação, o saldo final foi de 10 gols feitos e dois sofridos, em cinco partidas. Média que dá noção da solidez da Inglaterra.
Portugal, que conquistou o Europeu Sub-17 do ano passado, voltou a mostrar que está no caminho certo. Com diversos jogadores acima da média, fez grande campanha, que quase garantiu mais uma conquista para a geração que começa a demonstrar que o país pode seguir no topo.
Já a Holanda, mesmo desfalcada, apresentou bom futebol. Destaques para Dilrosun, do Manchester City, e Piroe, artilheiro do PSV. Com a presença de alguns destaques do Ajax, possivelmente os holandeses pudessem chegar além das semis.
Como decepção, podemos citar a Alemanha, que foi goleada pela Inglaterra na primeira fase, e não encantou. Sem muitos destaques individuais, nem mesmo o coletivo salvou os alemães de uma eliminação na primeira fase.
Já no campo das surpresas, República Tcheca e Geórgia apresentaram-se como gerações postulantes a campanhas importantes. Enquanto os georgianos mostraram a habilidade de Arabidze, os tchecos mostraram que um meio-campo dinâmico e forte são essenciais no futebol de hoje.
O Alambrado preparou a seleção da competição, com os principais destaques do torneio sediado na Geórgia.
Seleção (formada em um 4-3-3)
Goleiro
Diogo Costa- 19/09/1999- Portugal- Porto
O grande goleiro da geração na Europa, fez partidas espetaculares, como diante da Geórgia, na primeira fase. Muito tranquilo, aparenta estar praticamente pronto para jogar entre os profissionais. Jogador para seleção principal.
Lateral-direito
Diogo Dalot- 18/03/1999- Portugal- Porto
Mais um jogador de alto nível de Portugal. Defende bem, ataca com grande qualidade e tem muita técnica. Dificilmente um atleta dessa categoria seja tão completo. Mais uma joia que os portugueses têm em mãos.
Zagueiros
Armando Obispo- 05/03/1999- Holanda- PSV
Apontado como um dos próximos zagueiros da seleção principal holandesa, Obispo fez uma edição quase perfeita da Youth League nesta temporada. Forte e rápido, demonstrou boas qualidades no Europeu. Jogador para observar nesta temporada.
Diogo Queirós- 05/01/1999- Portugal- Porto
Mais um membro da “grande defesa” do Porto que brilha por Portugal. Um dos melhores zagueiros da geração, Queirós se impõe diante dos atacantes adversários, seja na velocidade ou bola aérea. Outro jogador que pode pintar no profissional rapidamente.
Lateral-esquerdo
Jay da Silva- 22/08/1998- Inglaterra- Chelsea
Mais uma boa competição do baixinho. Forte no apoio e firme na marcação, vem se especializando cada vez mais na premissa de um lateral correto. Sem muitas falhas, trilha um caminho interessante para herdar a lateral-esquerda da seleção inglesa.
Meio-campistas
Michal Sadilek- 31/05/1999- Holanda- PSV
Grande promessa tcheca desde o sub-17, Sadilek parece atuar em outro patamar em relação ao restante do time no meio-campo. Comparado a grandes volantes do futebol europeu, passa e entende a partida perfeitamente. Potencial craque da posição.
Gedson Fernandes- 09/01/1999- Portugal- Benfica
Grande motor de Portugal, Gedson faz tudo no meio-campo: marca, pensa o jogo, passa, defende, ataca, constrói. Acima de tudo, faz gols. Tem perfil de Premier League. Não deve demorar para brilhar entre os profissionais.
Mason Mount- 10/01/1999- Inglaterra- Chelsea
Difícil encontrar adjetivos para defini-lo. De tão inteligente e técnico, Mount muitas vezes para fora do jogo. Porém, com poucos movimentos decide um jogo. Como foi na final do Europeu. Além de armar e dar muitas assistências, chuta bem.
Atacantes
Ryan Sessegnon- 18/05/2000- Inglaterra- Fulham
Experiente, mesmo com 17 anos e mais jovem do elenco campeão, Sessegnon é considerado um dos mais promissores jogadores da Europa. Na lateral-esquerda, pode ser hegemônico na posição, caso marque melhor. Adiantado, costuma dar trabalho. Já fez gol pelo profissional.
Javairo Dilrosun- 22/06/1998- Holanda- Manchester City
Rápido, habilidoso e muito dedicado, Dilrosun fez ótima competição. Pelos lados, costuma ser opção interessante, principalmente por chegar muito ao fundo. Um típico jogador holandês.
Joel Piroe- 02/08/1999- Holanda- PSV
Alto e bom no jogo aéreo, Piroe faz gol. E para isso, cumpre bem a função. Porém, tem potencial para evoluir com a bola no pé. Prestigiado no PSV, tem talento para fazer sucesso entre os profissionais e no Holandês.