Muito se engana quem pensa que a bola irá parar nos gramados europeus durante o mês de junho, apesar das férias nos grandes campeonatos do continente. A partir desta sexta-feira (16), os amantes do futebol podem acompanhar uma das competições mais prestigiadas das categorias de base: o Europeu Sub-21.
Desta vez o certame terá como sede a Polônia e manterá a regra das edições anteriores: apesar do nome, conta com a participação de jogadores de até 23 anos. Isso porque a idade limite de 21 anos vale para o início da fase de qualificação, que começou em 2015.
Assim, não se surpreenda ao ver alguns nomes que já desempenham papel fundamental em seus times na Europa. Alguns países até deixaram de levar sua força máxima para o Mundial Sub-20, finalizado no último domingo (11), para focar no Europeu.
O Alambrado traz a você, leitor, mais uma vez, os destaques das 12 equipes que brigarão pelo troféu continental, começando hoje pelo Grupo A. Confira abaixo:
Grupo A
Polônia
Ser a anfitriã de uma competição desse porte é uma grande responsabilidade, e a seleção polonesa parece ter entendido o tamanho desse fardo. Tanto que não poupou esforços para reforçar sua equipe com alguns jogadores que já atuam até pela seleção principal.
É o caso do habilidoso meia Bartosz Kapustka, do Leicester-ING. Mesmo com apenas 20 anos, foi uma das armas da Polônia na Euro do ano passado, e se destaca pela facilidade de drible atuando aberto. No entanto, na última temporada demonstrou que pode jogar também centralizado, como fez em alguns jogos pelo time inglês.
Outro “veterano” que já atuou pela seleção principal e compõe o forte meio de campo polonês é Karol Linetty, da Sampdoria-ITA, que tem alta visão de jogo e muita criatividade para armar o ataque da equipe.
O setor ofensivo conta com o bom atacante Mariusz Stepinski, do Nantes-FRA, que finaliza bem com as duas pernas e apresenta muita mobilidade, saindo da área para participar das jogadas e abrindo espaço para chegada dos meias.
O goleiro Dragowski, de apenas 19 anos, é tido como um dos grandes nomes da posição para o futuro, mas terá de brigar pelo posto com o também promissor Jakub Wrabel, mais experiente e titular da equipe nos amistosos preparatórios.
Eslováquia
A Eslováquia foi uma das gratas surpresas nas fase de qualificação do Europeu Sub-21. Em uma chave difícil, que contava ainda com a Turquia e a fortíssima Holanda, o time conseguiu o primeiro lugar com apenas uma derrota em oito jogos disputados.
A chave para o sucesso passa pela solidez do sistema defensivo eslovaco, onde se encontra o grande destaque do time: o zagueiro Milan Skriniar, da Sampdoria-ITA. Com tempo de bola praticamente impecável e força no jogo aéreo, é o símbolo da segurança no time.
Mas a Eslováquia não tem só defesa, com boas opções também no setor de criação. A principal delas é o armador Albert Rusnak, do Real Salt Lake-EUA, jogador de técnica apurada e boa chegada na área adversária. O canhoto Laszlo Benes, de 19 anos, é outra arma importante, junto com o volante Martin Chrien, do Viktoria Plzen, que tem o hábito de aparecer como elemento surpresa.
No ataque, a responsabilidade de mandar a bola para a rede fica por conta de Adam Zrelak, do Jablonek-CHE, típico centroavante brigador e forte no jogo aéreo.
Suécia
A atual campeã do Europeu Sub-21 chegará à Polônia tentando desfazer a impressão de que o título conquistado em 2015 foi um fato isolado. Embora os resultados dos últimos amistosos não tenham sido muito empolgantes, a geração é boa e deve trazer grandes frutos no futuro próximo.
O principal símbolo da equipe é o meia-atacante Kristoffer Olsson. Grande líder e capitão do time, o camisa 8 controla o ritmo do jogo e demonstra muita confiança e inteligência dentro de campo, com capacidade de marcação e criação.
Ao seu lado, Melker Hallberg, do Kalmar, e Simon Tibbling, do Groningen-HOL, ajudam a formar um dos meio-campos mais fortes desta edição do Europeu. Na defesa, vale ficar de olho no lateral direito Linus Wahlqvist, firme na marcação e forte nas bolas paradas.
A dupla de ataque consegue combinar força com velocidade. Carlos Strandberg, do Westerlo-BEL, e Gustav Engvall, do Djurgardens, possuem faro de gol e são capazes de atormentar defesas adversárias graças à potência física.
Inglaterra
Para terminar com chave de ouro o ano quase perfeito da base da Inglaterra, o Europeu Sub-21 vem sendo encarado com grande desafio para provar que os ingleses, além de muitos talentos, também são campeões. Até agora, o ano dourado conta com o vice-europeu sub-17, e os títulos do Torneio de Toulon e do Mundial Sub-20.
Para conseguir tal feito e alcançar o título que não vem desde 1984, os ingleses vão contar com muitos destaques da Premier League.
Apesar de muitos desfalques, como Rashford, Patrick Roberts e Dele Alli, que possuem idade para disputá-las, a Inglaterra apresenta nomes como Nathan Redmond, do Southampton, Lewis Baker, que pertence ao Chelsea, Ward-Prowse, também do Southampton, e Tammy Abraham, que está emprestado pelo Chelsea e fez temporada espetacular pelo Bristol.
O quarteto forma a base do setor ofensivo. Jogadores em grande fase e que possuem entrosamento de seus clubes – seja no profissional ou na base. No ataque, ainda há a opção de Demarai Gray, do Leicester, e Jacob Murphy, do Norwich.
No meio-campo, as opções são enormes. Desde a força de Nathaniel Chalobah, do Chelsea, até a inteligência e leveza de Will Hughes, destaque do Derby County, e John Swift, do Reading.
O elenco completo que Aidy Boothroyd terá à disposição deixa os ingleses confiantes. Poucas vezes um grupo tão homogêneo foi visto na competição por parte da seleção. Em momento em que a Inglaterra ganha tudo na base, é bom se preparar para mais uma grande campanha.