“Febre de Bola” mostra o lado cômico do mundo dos agentes de...

“Febre de Bola” mostra o lado cômico do mundo dos agentes de atletas

Filme mostra de forma divertida as relações entre agentes e promessas da bola

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Filme conta com participação de estrelas do futebol mundial, como Casillas (Foto: Divulgação)
Filme conta com participação de estrelas do futebol mundial, como Casillas (Foto: Divulgação)

O mundo dos bastidores do futebol conta com uma vastidão de personagens. Entre assessores designados para blindagem de atletas, dirigentes que apagam incêndios com gasolina e familiares que às vezes mais parecem informantes, uma figura costuma se destacar com a pecha do oportunismo, da ambição, dos valores econômicos acima dos morais: os agentes dos jogadores.

Mas é claro que nem todos são assim, pelo menos integralmente. E é isso que podemos ver na produção hispano-argentina “Febre de Bola”(En Fuera de Juego, 2012; não confundir com a obra homônima inglesa, de 1997). O filme, dirigido pelo espanhol David Marqués, conta como se cruzam as trajetórias de duas figuras bem opostas.

De um lado está o argentino Diego Garrido, médico que cresceu sem se importar muito com futebol, mesmo vivendo em um país apaixonado pelo esporte. Do outro está Javi, espanhol que foi forçado a largar a carreira de atleta por conta de uma lesão e desde então passou a viver como agente de jogadores de terceira linha, além de chefiar uma empresa pouco sucedida de entretenimento esportivo.

O laço que une os dois é o garoto Gustavo César, uma jovem promessa treinada e agenciada por Coco, tio de Diego e interpretado pelo onipresente Ricardo Darín. Por conta de um problema de saúde, Coco pede para seu sobrinho viajar com Gustavo César para fechar seu contrato com o Real Madrid na Espanha.

É aí que começa a confusão, já que Javi também tem um contrato de agenciamento com o atleta, assinado quando ele ainda era uma criança. A partir daí, inicia-se uma série de episódios curiosos e divertidos, mostrando o lado B do mundo do agenciamento de atletas.

Enquanto os dois protagonistas se juntam para conseguir a assinatura do contrato, que parece cada vez mais difícil conforme o tempo passa, acabam negligenciado a relação com o próprio garoto, que acaba sendo tratado apenas como objeto de interesse.

“Febre de Bola” conta ainda com uma grata participação do elenco de apoio, com personagens que acrescentam valor dramático e cômico à trama. E ainda dá tempo para destacarem-se algumas figuras importantes do futebol mundial, como o goleiro Iker Casillas, o ex-atacante Martin Palermo e o presidente do Real Madrid, Florentino Pérez.

Os fãs de futebol podem se divertir com as inúmeras referências a acontecimentos e personalidades presentes em “Febre de Bola”, além de conferirem como funciona a integração entre a mídia esportiva e as equipes de marketing dos clubes e jogadores. É o tipo de filme que vale tanto para quem gosta como para quem não liga para o esporte, tratando o tema com leveza, mas sem desrespeitar a tradição de uma das maiores paixões do planeta.

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