101 anos de história. Desativações, rebaixamentos, títulos, acessos. O Rio Branco Esporte Clube é como toda equipe de interior: mistura altos e baixos mas nunca é abandonado pela torcida.
O time de Americana tenta voltar à elite do Campeonato Paulista após três anos nas divisões inferiores e dois rebaixamentos seguidos, que deixaram ainda mais malucos os já Malucos do Tigre, torcida organizada mais tradicional do clube alvinegro.
Os primeiros passos – de 1922 a 1993
O primeiro titulo do RBEC veio em 1922, campeão paulista do interior.Em 1940, o time é desativado e só volta aos gramados em 39 anos mais tarde, na fusão com o Americana Esporte Clube.
No entanto, a equipe apareceu para o cenário nacional nos anos 1990. Macedo liderava o time que conquistou o acesso à primeira divisão do Paulistão daquele ano em um 0 a 0 com o campeão da segunda divisão, o Olímpia. Aquele jogo do dia primeiro de dezembro de 1990 não teve grito de gol, mas marcou a historia do Tigre para sempre.
Boas campanhas continuaram pela década vitoriosa. Em 1993, Souza era o craque do elenco que conseguiu chegar às semifinais do Paulista. A vitória contra o São Paulo foi o ponto alto da campanha. 19.173 pessoas compareceram ao Décio Vitta e ajudaram a bater o recorde de público que se mantém firme até hoje.
Tradição nos juniores
Em 1996, Americana se torna uma das sedes da Copa São Paulo de Juniores e o Tigre consegue uma ótima campanha: cai nas quartas final de final para o Nacional-SP, não antes sem fazer um estrago e tanto. Tirou Fluminense no mata-mata, eliminou Portuguesa e Ituano na fase de grupos e liderou a chave à frente do Internacional.
Revelar jogadores é uma especialidade dos americanenses. Macedo, Souza, Flavio Conceição, Marcos Assunção, Mineiro, Sandro Hiroshi, Marcelinho Paraíba e Marcos Senna são alguns dos principais nomes revelados pela agremiação.
12 anos após a estreia na Copinha, o Tigre quase chega ao titulo. Depois de 6 vitorias, um empate tenso na semifinal, contra o Inter do ainda magrelo Walter, atual atacante do Fluminense. 1 a 1 e vitória por 4 a 2 nos pênaltis. Uma das finais mais alternativas de Copa SP seria completada pelo Figueirense, creditado a favorito por ter despachado São Paulo e Palmeiras… e deu a lógica. O Figueira bateu o RBEC por 2 a 0 e ainda perde um pênalti no fim do jogo no Estádio Nicolau Alayon.
Dois anos, duas quedas
O Rio Branco passou 16 anos na elite do futebol paulista entre 1992 e 2007. Os anos seguintes foram marcados por campanhas inconstantes. Dois rebaixamentos seguidos, nos anos de 2010 e 2011 levaram o Tigre ao fundo do poço. A prefeitura tentou apoiar as contas do clube e municipalizou o estádio Décio Vitta, mas a cidade torcia pelo Americana, clube itinerante que voltou a Guaratinguetá, sua “cidade natal”, após 10 meses de fracasso.
No campo, a resposta foi imediata. O Tigre fez a melhor campanha nas duas primeiras fases e bateu o Grêmio Osasco na final pra cravar os dentes no titulo da A3. O mundo não acabou, muito menos o Rio Branco!
Ano do centenário
2013 passou voando. O intuito da diretoria, agora encabeçada por Marcelo Feola, o Téo, era levar a equipe de volta ao topo. Não deu certo e quase que o voo vira queda. O Tigre perigava cair até a última rodada e terminou na décima quarta colocação, com 21 pontos, a apenas 2 da degola na A2.